No dia seguinte, na escola, não havia sinais do Abel.
<Aposto que o palhaço ‘tá’ a preparar alguma…> pensei eu.
Mas o dia de hoje era sobre a minha Joana, e não sobre os meus inimigos.
Fui mandando mensagens à Joana na escola, fazendo-me passar pelo “Ricardo”, seduzindo-a cada vez mais.
Claro que o Francisco continuou com os seus bilhetes para a Mariana, deixando-a cada vez mais curiosa em saber quem era o admirador.
- Meu, como é que eu depois conto à Mariana, que sou eu que lhe anda a mandar os bilhetes? – perguntou-me o Francisco.
- Esperas até ela ficar mesmo doida, vais ter com ela e dizes tudo. Aposto contigo que basta beijá-la que ela depois não te larga. – respondi.
- Como sou ‘ganda’ beijoqueiro ela vai ficar logo doida comigo. – disse o Francisco a rir.
Quando acabaram as aulas, despedi-me do Francisco agradecendo-lhe pela ajuda no dia anterior.
Tinha dado uma desculpa à minha mãe, dizendo que tinha levado muitas “placagens” a jogar rugby na escola. Foi uma desculpa esfarrapada, mas ela lá acreditou em mim. O meu pai apenas me gozou a chamar-me fraco.
- Como se tu conseguisses jogar rugby, com essa barriga de cerveja. – respondi.
Claro que depois dessa resposta o meu pai calou-se, ficando sem resposta para me dar.
Continuei a mandar mensagens à Joana enquanto almoçava em casa.
“Então linda que fazes? ;)” perguntei-lhe.
“A pensar em ti enquanto passo a mão nas minhas mamas. :$” respondeu ela um pouco envergonhada.
<Ela disse ‘memo’ “passar a mão pelas mamas”?> pensei com um ar de surpresa.
“Queres saber o que tenho vestido?” perguntou ela.
<É impressão minha ou ela quer fazer sexo por mensagens?” pensei enquanto respondia.
“Adorava. :$”
“Estou deitada na cama, apenas com fio dental e soutien. <3” disse ela.
Por mais que achasse este tipo de conversas estranho, não pude resistir ao ler aquilo, ficando com um alto nas calças. Quase que parecia que a minha pila queria espreitar cá para fora para ver se via a Joana.
“Então e tu que fazes fofo? :$” perguntou a Joana à espera de uma resposta porca.
Fui para o meu quarto enquanto respondia à Joana.
“A imaginar-te aqui comigo, enquanto davas carinho ao meu amigo ‘Ricardinho’.
”
<Preferia ter dito ‘Pedrinho’, mas não posso sair da personagem…> pensei.
“O teu amigo é grandinho? *.*” perguntou ela.
<’Tou’ a ficar um pouco excitado com isto…> pensei enquanto lia.
“Parece um taco de basebol, pronto para dar uma tacada para o “homerun”. :3” respondi.
“Deixas-me doida, ‘tou’ quase a ter orgasmo queres-me ouvir? :$” perguntou ela.
<Ó meu deus… mas que miúda mais porca.> pensei enquanto lhe respondia.
“Adorava. <3”
Ela telefonou-me para eu ouvi-la.
<Foda-se!> pensei enquanto ouvi-a a Joana a gemer.
Não me consegui controlar depois de ouvir tanto gemido, acabando por vir-me.
- Então lindo, gostaste? – perguntou ela com uma voz sedutora ao telemóvel.
- Merda já molhei as calças! – disse sem me lembrar que ela estava a ouvir.
Ela riu um bocado, dizendo que adorava que eu estivesse ao pé dela para me dar uma ajuda oral.
<Esta ‘gaja’ é maluca! Eu só arranjo ‘gajas’ destas… bissexuais e taradas com a mania de meter um ‘gajo’ com pau feito por telefone.> pensei enquanto ia para a casa de banho tentar limpar um pouco os boxers.
- Adorava encontrar-me contigo meu fofo. – disse ela.
- Também adorava ir ter contigo, mas não sei se posso. – respondi.
- Não te faças de difícil, vem ter comigo amanhã as 16h eu depois digo a morada. – disse ela com um tom sedutor.
Acabei por concordar, mas ia ser impossível ir ter com ela. Estava com receio de ser rejeitado depois de ela me ver à frente.
Amanhã iria pensar numa solução, e também ajudar o Francisco a avançar com a Mariana.