Um paradoxo щ uma declaraчуo aparentemente verdadeira que leva a uma contradiчуo lѓgica, ou a uma situaчуo que contradiz a intuiчуo comum. Em termos simples, um paradoxo щ "o oposto do que alguщm pensa ser a verdade". A identificaчуo de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciъncia, filosofia e matemсtica.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traчada a textos que remontam р aurora da Renascenчa, um perэodo de acelerado pensamento cientэfico na Europa e Сsia que comeчou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas tambщm sуo encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o Latim щ fortemente derivado do alfabeto grego e, alщm do mais, o Portuguъs щ tambщm derivado do Latim romano, com a adiчуo das letras "J" e "U"). A palavra щ composta do prefixo para-, que quer dizer "contrсrio a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opiniуo. Compare com ortodoxia e heterodoxo.
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre щtica. Por exemplo, a admoestaчуo щtica para "amar o seu prѓximo" nуo apenas contrasta, mas estс em contradiчуo com um "prѓximo" armado tentando ativamente matar vocъ: se ele щ bem sucedido, vocъ nуo serс capaz de amс-lo. Mas atacс-lo preemptivamente ou restringi-lo nуo щ usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema щtico. Outro exemplo щ o conflito entre a injunчуo contra roubar e o cuidado para com a famэlia que depende do roubo para sobreviver.
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposiчуo essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemсtica) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em fэsica quтntica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princэpio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns jс foram atribuэdos ocasionalmente рs limitaчѕes inerentes da linguagem e dos modelos cientэficos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da Semтntica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa nуo щ o territѓrio". Um exemplo comum das limitaчѕes da linguagem sуo algumas formas do verbo "ser". "Ser" nуo щ definido claramente (a сrea de estudos filosѓficos chamada ontologia ainda nуo produziu um significado concreto) e assim se uma declaraчуo incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.